Foto dos livretos do projeto

Mesa Redonda da Unesp Apresenta Projeto Socioambiental da Sabesp, Executado pela Preservalle, e Discute Saneamento Rural no Vale do Ribeira

Palestrantes, sentados ao palco

Conscientização e Ação na Semana do Meio Ambiente

Em celebração à Semana do Meio Ambiente, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) sediou um evento relevante para o debate sobre saneamento rural e suas implicações ambientais, sociais e econômicas. A mesa-redonda, intitulada "Saneamento rural e meio ambiente: quais os impactos e soluções para as comunidades?", aconteceu no auditório da unidade Agrochá, localizada na Av. Saburo Kameyama, 375, no Bairro Carapiranga, em Registro/SP. O encontro contou com a participação de especialistas renomados na área, trazendo discussões e propostas essenciais para a região do Vale do Ribeira.

Participação e Destaques da Mesa-redonda

O evento destacou-se pela presença de Rafael França Guimarães de Paula, diretor técnico da PreserValle e ex vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e Litoral Sul. Com vasta experiência em projetos socioambientais, Rafael abordou as ações de pertencimento e a universalização do saneamento no contexto do Projeto Socioambiental da Sabesp, que está sendo executado no Vale do Ribeira em parceria com a PreserValle. Ele enfatizou a importância das políticas públicas para o saneamento rural e os impactos positivos que a universalização dessas políticas pode ter sobre o meio ambiente e a saúde pública das comunidades rurais. Rafael ressaltou que “alcançar o saneamento universal é uma meta que não só melhora a qualidade de vida, mas também está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, especialmente o ODS 6, que visa assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.”

Além de Rafael, a mesa-redonda contou com a participação de Bruna Roque Loureiro, doutora em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-doutoranda na Unesp. Bruna trouxe uma perspectiva aprofundada sobre a integração de políticas públicas ambientais com o planejamento e uso do solo, e como essas ações podem apoiar a implementação de saneamento nas comunidades rurais. Ela destacou o trabalho realizado nos assentamentos PA Domingos de Carvalho e Norilda da Cruz em Santa Catarina, enfatizando os desafios e a importância do acesso a políticas públicas de saneamento nessas regiões. Bruna sublinhou que “a educação ambiental, conforme previsto pelo ODS 4, é crucial para sensibilizar e mobilizar as comunidades na adoção de práticas sustentáveis que garantem não apenas a conservação dos recursos hídricos, mas também a melhoria da qualidade de vida, em consonância com o ODS 3, que visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.”

Daniella Cristina Batista, graduada em Tecnologia em Saneamento Ambiental pela Universidade Estadual de Campinas e mestre pela Universidade de São Paulo, também contribuiu significativamente para o debate. Com experiência prática no Projeto Rondon e em posições de gestão ambiental, Daniella abordou o saneamento rural em suas diversas dimensões, incluindo abastecimento e tratamento de água, afastamento e tratamento de esgoto, gestão de resíduos sólidos e drenagem pluvial. Ela ressaltou a conexão entre o saneamento e as estratégias de resiliência climática, como a economia circular, mostrando a importância de um manejo sustentável e integrado dos recursos. Daniella enfatizou que “as ações de saneamento rural são fundamentais para alcançar o ODS 11, que foca em tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.”

Cachoeira da Samambaia, em Cajati
Cachoeira da Samambaia, em Cajati

A Importância do Saneamento Rural e das Políticas Públicas

O saneamento rural é um tema crucial para o desenvolvimento sustentável, especialmente em regiões como o Vale do Ribeira, onde a carência de infraestrutura básica pode comprometer a saúde das comunidades e o equilíbrio ambiental. A falta de saneamento adequado não só impacta a qualidade de vida dos moradores, mas também afeta negativamente os ecossistemas locais, contaminando rios e solos e perpetuando ciclos de pobreza e exclusão social.

Rafael Guimarães destacou que a universalização do saneamento rural é uma meta fundamental, que requer a estruturação de projetos consistentes e a mobilização de recursos para sua implementação. Ele apontou o projeto de saneamento rural executado pela ABAM em parceria com o Projeto Socioambiental da Sabesp como um exemplo de sucesso, mostrando que é possível integrar esforços para alcançar soluções efetivas. A educação ambiental foi enfatizada como um componente crucial dessas iniciativas, guiando e orientando as ações para garantir um desenvolvimento sustentável e consciente.

Agenda 2030 e o ODS 6

A Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), visa promover um futuro mais sustentável, equitativo e saudável para todos. O ODS 6 é especialmente relevante para a discussão do evento, pois busca assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos. As ações e discussões apresentadas na mesa-redonda da Unesp alinham-se diretamente com essa meta, destacando a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura de saneamento rural para garantir a saúde pública e a proteção ambiental. A implementação de políticas e práticas sustentáveis é essencial para alcançar um desenvolvimento inclusivo e resiliente, assegurando que todas as comunidades tenham acesso a serviços básicos que são fundamentais para a dignidade humana e a sustentabilidade ambiental.

Foram distribuídos 150 livretos produzidos no projeto socioambiental sendo eles:

Conclusão

A mesa-redonda realizada pela Unesp na Semana do Meio Ambiente trouxe à tona discussões indispensáveis sobre o saneamento rural e suas inter-relações com o meio ambiente. A participação de especialistas como Rafael Guimarães, Bruna Roque Loureiro e Daniella Cristina Batista enriqueceu o debate, oferecendo insights valiosos e propondo soluções práticas para os desafios enfrentados pelas comunidades rurais do Vale do Ribeira. O evento destacou a importância de políticas públicas integradas e de uma abordagem holística para a gestão de recursos, promovendo a saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico da região. Essas discussões são cruciais para avançar em direção aos ODS da Agenda 2030, que visam transformar o mundo em um lugar mais saudável, equitativo e sustentável para todos.